Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://cms.hojeemdia.com.br

ILDEU LOPES

( BRAÚNA )

 

Ildeu Lopes de Jesus, ou simplesmente Ildeu Braúna.

Nascido em Nova Esperança, Distrito de Montes Claros, Ildeu ainda se dedicou à política, tendo sido secretário de Cultura de Montes Claros por duas gestões.

Foi um dos fundadores do grupo Agreste, conjunto musical que gravou dois discos e marcou geração na década de 1980.

Ao lado do companheiro Téo Azevedo, Braúna compôs o sucesso Tocador de Boi, gravado pelo cantor Sérgio Reis. Com o cantor Pedro Boi, ele compôs A Lenda do Arco-Íris.

Nascido em Nova Esperança, Distrito de Montes Claros, Ildeu ainda se dedicou à política, tendo sido secretário de Cultura de Montes Claros por duas gestões.

Faleceu em Montes Claros, MG, em  31/05/2015, aos 62 anos de vida.

 

 

LOPES, Ildeu (Braúna); ROCHA, Maria Lúcia Nunes da.   A Duas Mãos – Poesias—. .Patrocínio, MG: Gráfica Real Ltda, 1985. Capa: José Francisco Carvalho de Morais Ç(Chorró().  Edição dos autores, cada poeta começa        uma capa, com numeração própria de páginas.           Ex. bibl.; Antonio Miranda, doação do livreiro Brito (DF).

 

 

ESBOÇOS

 

As roupas sujas dependuradas
São como espantalhos expostos
Para tanger o meu sono
No faro das minhas narinas
Persiste o cheiro de você

No plano alvo da parede nua
O caminho sinuosos
Das formigas negras
Tem a forma do seu nome

E as sombras da noite
Projetadas na vidraça
Esboçam o seu perfil

 

 

BELÔ

 

Mas que cidade é essa?
Por onde vagueio às tontas,
Por onde meu pensamento rola
Pelas ladeiras tantas

Mas, que avenida é essa?
Por onde automóveis fluem
Como artéria onde o sangue egressa
Como sífilis que poluem

Mas, que cidade é essa?
Em que nas horas mortas,
Cães não ladram acuando vultos

Que só sirenes uivam com pressa
Buscando fatos que a cidade aborta
E que as autoridades mantém ocultos.

 

 

MIGRANTES

 

Quando viemos da roça, de muda
Eu e minha família, uma carroça
Atrelada a um burro magro, cansado
Trazia a mobília toda

Lembro do meu pai naquele dia,
Calado, cabisbaixo, curvado
Como quem deixava atrás de si
Um crime, bárbaro pecado

Lembro, a primeira visão da cidade
Naquele tempo, altaneira, a torre da matriz,
E o meu pai, displicente, monologava
— Meu Deus, meu Deus o que foi que fiz!...

No meu alumbramento caipira
Que a cidade grande atordoa,
Não sabia que a dor de meu pai aumentava
À medida que distanciava
Da fazenda, dos currais, dos lagos...

 

*

 

VEJA e LEIA outros poetas de MINAS GERAIS em nosso Portal:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html

 

 

Página publicada em setembro de 2021


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar